As experiências sociais na vida intra-uterina, peri-natal ou a posteriori podem ter consequências na saúde e no comportamento para a vida toda?
A epigenética estuda esse fenômeno: como a interação do ambiente com os genes podem, muitas vezes permanentemente, mudar nossas propensões ou vulnerabilidades. Estudos com animais não-humanos parecem revelar que sim, que há modificações para a boa saúde e para a doença. Há fortes evidências de que em humanos não seria muito diferente. Os seres vivos nascem com programações genéticas e o ambiente (meio e forma como vivemos, poderá interferir fazendo com que determinadas propensões se manifestem. O ambiente ou os hábitos da pessoa podem interferir na expressão desses genes. Se essa expressão ocorrer em períodos "mais plásticos", mais moldáveis, chamados de "janelas abertas de modelagem", as modificações poderão ser permanentes. Isso se deve á alterações nos genes devido à metilações e formação de histonas. Uma excelente revisão pode ser lida na "Developmental Psychobiology", no artigo de Frances Champagne, "Epigenetic Influence of Social Experiences Across the Lifespan." Acesse o site de periódicos da CAPES e poderá ler o artigo inteiro. Ou então nos escrevam (vanner.boere@ufv.br) que emprestarei uma cópia.
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