sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O dilema da revelação de informações dos riscos mínimos de eventos médicos adversos em grande escala

Em 2003 a equipe de controle de infecção em um hospital em Toronto (Canada) concluiu que o equipamento de biópsia de próstata não havia sido devidamente esterilizado, embora o risco de contaminação fosse mínimo. O que fazer? Informar aos 900 pacientes do risco ou ignorar? Ao informar os pacientes, a carga emocional, de ansiedade, de ira, poderia causar mais danos do que o risco mínimo de contaminação. Ao não informar, corria se o risco de alguém estar realmente contaminado e ter complicações graves mais tarde. Mesmo informando ao paciente e havendo uma checagem das condições de saúde, se fosse detectada uma infeção por HIV ou Hepatites C, como detectar se a contaminação foi prévia ou pós à biópsia?
O comitê de ética do hospital tomou uma decisão (veja aqui qual), com resultados que foram resolvidos na corte de justiça.
Esse dilema está relatado em um artigo recém saído no New England Journal of  Medicine, autorado por Dra.  Denise M. Dudzinski e colaboradores. Dra. Dudzinski relata vários outros casos (veja figura abaixo) e faz uma série de recomendações sobre esses tipos de acidentes.
O artigo é de fácil acesso (clique aqui). Para pedir uma cópia do artigo diretamente á autora, o endereço é esse:    Dr. Dudzinski at the Department of Bioethics and Humanities, University of Washington School of Medicine, Box 357120, Seattle, WA 98195-7120, or at dudzin@uw.edu.

 Postado por Vanner Boere Souza.

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